A cidade de Ametista do Sul não estava na lista das cidades que havíamos planejado parar para conhecer na viagem, isto porque nem sabíamos que ela existia.
Porém quando estava conversando no happy hour comentei que estava planejando conhecer o Salto do Yucumã que fica no município de Derrubadas – RS quando o meu colega de trabalho Guido Pothier comentou que havia feito uma viagem pela região e que gostou de Ametista do Sul.
Saímos de Francisco Beltrão dia 13/01/2015 depois de tomar café da manhã e pegamos a PR-180 sentido Rio Grande do Sul. No Paraná a estrada estava boa, porém ao chegar em Santa Catarina foi difícil aguentar a buraqueira das estradas estaduais, pois quando eu tentava desviar de um buraco caía em outro. A minha percepção é que todos os governos do estado não se importam com o lado oeste do estado
pois não ganha dinheiro com e.g. turismo, transporte de cargas. Em contraponto o lado leste a BR-101 é perfeito.
Entrando no Rio Grande do Sul viemos pela RS-324 no norte do estado para chegar em Ametista do Sul. Quando tinha conversado com o Guido ele havia alertado que a estrada para chegar a Ametista do Sul é de difícil acesso,
o único problema que enfrentamos para chegar na cidade foi a grande quantidade de quebra-molas e sonorizadores, estes sim eram imensos e parecia que o carro estava dentro de uma batedeira.
Após uns 20km enfrentando os quebra-molas e sonorizadores e todos os tipos elementos para fazer andar a 5km/h, muita chuva e algumas aldeias indígenas encontramos a entrada da cidade.
Ao chegar no centro da cidade um dos primeiros monumentos que pudemos observar é a pirâmide de meditação. Tivemos que esperar até o outro dia para poder visitar a pirâmide, pois quando chegamos ao centro da cidade voltou a cair muita chuva e ficamos no primeiro hotel que encontramos na cidade. O melhor de tudo é que no outro dia fez um sol e aproveitamos para conhecer a cidade.
O bom de conhecer cidades pequenas é que os pontos turísticos são bem próximos um do outro, pois ao lado da pirâmide está a Igreja da cidade de Ametista do Sul que é praticamente toda revestida internamente com a pedra que leva o nome da cidade.
Após conhecermos a igreja de Ametista do Sul fomos até o Ametista Parque Museu fazer o passeio dentro do morro onde é feita a extração da pedra preciosa.
O ingresso da direito a visitação por dentro das das cavernas (garimpo) onde são extraídas as pedras ametistas com um guia explicando como era feita a extração antigamente, quem foram os primeiros a extrair e como é feito o processo de extração na atualidade. Dentro do garimpo podemos ver ainda umas pedras in natura.
Após realizar o passeio com o guia vamos para a próxima parte do passeio que é conhecer o museu de pedras preciosas da região, a parte ruim é que não é permitido tirar foto das pedras, pois elas são de colecionadores particulares.
Na imagem abaixo é possível ver no meu lado direto o “carro” que os garimpeiros utilizam para retirar os geodos do garimpo quando não é possível levar na mão.
Com a queda do preço da ametista algumas empresas começaram a procurar outras formas de manter-se ativas e apostaram no vinho pelo fato da cidade estar na serra do Rio Grande do Sul.
Porém algumas empresas estão apostando em envelhecer o vinho dentro dos garimpos que estão desativados, pois a temperatura interna da caverna é constantemente 17ºC no inverno e verão.
Nesse ponto é possível degustar e comprar os vinhos que são envelhecidos no local.
A saída do garimpo termina na porta de entrada de uma loja (ideia interessante) que vende além das pedras de ametistas, lembrancinhas.
Uma das maiores atrações do museu de pedras de Ametista do Sul é o Meteorito (siderito) de 140 quilos, 50 centímetros de comprimento, 40 cm de largura e 27 cm de altura. Fomos informados que o meteorito foi adquirido de um agricultor de Arvorezinha, que encontrou a peça em sua propriedade, em 2009.
Na saída da loja tem um mirante que é possível ver todo o vale com diversos morros que o pessoal da região utiliza para extrair as ametistas.
Obs.: É possível economizar na compra dos vinhos comprando direto da fábrica ao invés do garimpo. A fábrica está a cerca de 300m na mesma rua utilizada para chegar no Ametista Parque Museu.
Tudo está com quase metade do valor. 😉