Se arrependimento matasse – Termas del Arapey, Departamento de Salto, Uruguai

Assim que entramos no Uruguai fomos direto para a Termas de Arapey, camping com piscinas que eu fui muitas vezes quando era criança. Tenho boas lembranças do camping, pois ia todos os anos com a família tomar banho nas águas termais e dormir nas barracas. Quando ainda estava em Itaqui conversei com alguns amigos e familiares que o nosso próximo ponto de parada seria em Termas de Arapey, alguns disseram que lá era lindo e que nós iríamos adorar a estadia. Apenas um amigo Willians Bernardes (Pop) disse que não deveria ir, pois lá estava completamente abandonado.
Decidimos mesmo assim por ir, pois eu gostaria de mostrar a minha esposa um dos lugares que costumava ir passar as férias de verão.

Logo na entrada do camping vi que tudo era muito simples, o escritório para entrar e fazer o pagamento estava bem sujo e todo bagunçado, mas não ligo muito para isso. Paguei uma estadia e fomos procurar um local para montar a barraca. Tentamos procurar um local próximo do banheiro, mas estava tudo cheio então fomos para o lado contrário em frente a uma casa. Assim que a barraca estava montada saímos em direção à piscina, ficamos cerca de dez minutos e já saímos pois estava difícil de aguentar o calor dentro de uma piscina com água quente.

O nosso primeiro pensamento ao sair da piscina foi ir para um bar e tomar cerveja bem gelada, mas para nossa surpresa o único bar que tinha no local estava fechado e só iria abrir após as 20h e deveria ser umas 15h ainda. Então lembrei que tinha uns botecos que eu comprava picolé quando era criança, caminhamos pelas ruelas até encontrar o bar. Enquanto a Narjara esperava no bar eu voltei para buscar o carro para carregar as cervejas e gelo que compramos. Voltamos para a barraca e ficamos comendo e bebendo por ali até o cair da noite.

Agora sim voltamos ao bar e ele já estava aberto, porém fomos os primeiros a sentar por lá. Pedimos um delicioso prato de comida que eu não lembro mais o que era. Ficamos saboreando a comida enquanto nos deliciava com a cerveja.

O bom do camping é que da para deixar o carro do lado da barraca, tem tomada para cada barraca, churrasqueiras e pia (estavam sujas).

Até esse ponto tudo estava tranquilo e bom, maaaaassss depois de comermos bastante e beber um pouco deu vontade de ir no banheiro. Eu realmente estava precisando tirar um tempo sozinho para pensar na vida.
Nesse momento estragou todas as boas lembranças que eu tivera. Todos os banheiros estavam com os vasos sujos, sujos não, estavam cagados e tinha algumas casinhas que tina bosta espalhada pelo chão.
Não vi como estava o banheiro feminino, mas a Narjara disse que também estava em péssimas condições.

Decidimos voltar para a barraca e dormir para acordar o mais cedo possível e ir para a cidade mais próxima para poder usar o banheiro em qualquer lugar. Só que a casa que eu falei antes na realidade era uma danceteria, e o mais legal pior de tudo é que além de tocar as músicas deles (parece um ritmo caribenho) também tocou sertanejo, funk e rap brasileiro.

Quando era passado das 3h da manhã e começamos a cair no sono começou a passear na um filho da puta com aquelas motos de trilha correndo de um lado para outro, juro que se eu tivesse uma bazuca teria atirado nele.
Mas depois de muito esforço conseguimos dormir, confesso que foi por pouco tempo pois era umas 7h30 nós já estávamos acordados e guardando as nossas coisas para sair correndo lá.

O bom é que cerca de 20km do camping estava a cidade de Salto, entramos nela e fomos buscar qualquer lugar para irmos ao banheiro e o melhor de tudo é que encontramos um shopping.
Vou contar um pequeno segredo: Nunca fiquei tão feliz na minha vida em ter um shopping por perto, com banheiros…